A perda auditiva é um problema que afeta milhões de pessoas no mundo todo, e comprometer a qualidade de vida, a comunicação, o desempenho profissional e o bem-estar emocional.
Por isso, é importante buscar uma solução adequada para cada caso, e uma das opções mais indicadas é o uso de uma prótese auditiva.
Uma prótese auditiva é um dispositivo eletrônico que capta, amplifica e modula os sons do ambiente, de acordo com as necessidades e preferências do usuário.
Ela pode ser usada por pessoas com diferentes graus e tipos de perda auditiva, desde que haja uma parte funcional do sistema auditivo.
No entanto, para que a prótese auditiva seja eficaz, é preciso passar por um processo de adaptação, que envolve várias etapas e profissionais especializados.
Abaixo, vamos explicar como funciona esse processo de Adaptação de Prótese Auditiva, desde a consulta inicial até o acompanhamento pós-ajuste, veja só:
Consulta inicial
A consulta inicial é o primeiro passo para quem deseja usar uma prótese auditiva. Onde acontecem os primeiros exames e entende-se o caso de cada um.
O paciente passa por uma avaliação audiológica completa, que inclui:
- Anamnese: É a entrevista com o paciente, na qual se obtém informações sobre o histórico clínico, familiar e ocupacional, os sintomas, as expectativas e as dificuldades relacionadas à audição.
- Otoscopia: Verifica a integridade e a saúde do canal auditivo externo e da membrana timpânica, usando um instrumento chamado otoscópio.
- Audiometria: Mede a capacidade auditiva do paciente, em diferentes frequências e intensidades sonoras, usando um aparelho chamado audiômetro.
- Imitanciometria: É o exame que avalia a função da orelha média e dos reflexos acústicos, usando um aparelho chamado imitanciômetro. Ele mede a pressão do ar no canal auditivo externo e a mobilidade da membrana timpânica e dos ossículos
- Outros exames complementares: Dependendo do caso, podem ser solicitados outros exames para investigar as causas e as características da perda auditiva, como o exame genético, o exame de imagem (tomografia ou ressonância magnética), o potencial evocado auditivo (PEATE) ou o teste de discriminação vocal.
Com base nos resultados da avaliação audiológica, o profissional pode diagnosticar o tipo e o grau da perda auditiva, e indicar o tratamento mais adequado.
O paciente deve participar ativamente da escolha da prótese auditiva, levando em conta seus objetivos, suas necessidades, seu estilo de vida e suas preferências estéticas.
Ele também deve tirar todas as suas dúvidas sobre o funcionamento, a manutenção e os cuidados com o dispositivo.
Seleção e adaptação
A seleção e adaptação da prótese auditiva é a etapa na qual se define as características técnicas do dispositivo, como o tipo de circuito eletrônico, o tipo de microfone, de receptor acústico, o tipo de pilha ou bateria e os acessórios opcionais.
Além disso, nessa etapa se realiza a moldagem do canal auditivo externo do paciente, para confeccionar o molde auricular ou a concha da prótese auditiva.
O molde auricular ou concha, são peças personalizadas que se encaixam na orelha do paciente para fixar, proteger e direcionar o som da prótese auditiva.
A seleção e adaptação da prótese auditiva pode ser feita em uma ou mais sessões, dependendo da complexidade do caso e da disponibilidade do paciente e do profissional.
Nessa etapa, o profissional deve programar a prótese auditiva de acordo com os resultados da audiometria e as preferências do paciente.
É importante verificar se a prótese auditiva está bem ajustada e funcional, usando técnicas como a verificação eletroacústica, a medida de ganho funcional ou a medida de satisfação do paciente.
O fonoaudiólogo é quem deve ensinar o paciente a colocar, retirar, ligar, desligar, limpar e trocar a pilha ou bateria da prótese auditiva, além de orientá-lo sobre as situações de uso, as estratégias de comunicação e os direitos do consumidor.
Acompanhamento pós-ajuste
O acompanhamento pós-ajuste é a etapa que se avalia o desempenho e a adaptação do paciente com a prótese auditiva, após um período de uso.
Esse período pode variar de acordo com o caso, mas geralmente é de 30 a 90 dias.
Nessa etapa, o paciente deve retornar ao consultório para uma revisão da prótese auditiva, na qual o profissional verifica se há necessidade de fazer algum ajuste fino na programação, se há algum problema técnico ou físico com o dispositivo, se há alguma queixa ou dificuldade do paciente e se há alguma orientação adicional.
Nesse estágio, são realizados alguns passos para medir o benefício e a satisfação do paciente com a prótese auditiva, como questionários, testes comportamentais ou testes eletrofisiológicos.
Tudo isso permite verificar se houve melhora na audição, na compreensão da fala, na qualidade de vida e na participação social do paciente.
O acompanhamento pós-ajuste é fundamental para garantir o sucesso da adaptação da prótese, pois permite identificar e resolver possíveis problemas, dúvidas ou insatisfações do paciente.
Além disso, ele contribui para estimular o uso contínuo e adequado do dispositivo, e para fortalecer o vínculo entre o paciente e o fonoaudiólogo.
Conclusão
A adaptação de uma prótese auditiva é um processo que envolve várias etapas e profissionais, desde a consulta, a seleção, adaptação e acompanhamento do paciente.
Cada etapa desse processo é importante para garantir que a prótese auditiva seja eficaz para o paciente, e que ele tenha a melhor experiência possível.
Por isso, é essencial seguir as orientações profissionais, tirar todas as dúvidas, participar ativamente da escolha da prótese auditiva e fazer um uso contínuo e adequado do dispositivo.
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